sábado, 23 de agosto de 2008

A Lenda do Mendigo


Certa vez, um mendigo caminhava por uma estrada, na esperança de encontrar alguém que lhe desse alguma coisa. Estava já cansado e a tarde vinha chegando. Na sua sacola velha e empoeirada, levava apenas um pão duro, que o morador de um casebre lhe dera na manhã daquele dia.
De vez em quando o mendigo, cansado e sujo, olhava para frente e para trás, para ver se apontava alguém naquela estrada deserta. Qual não foi a sua alegria quando percebeu, ao longe, os sinais de uma carruagem. E sua alegria aumentava a medida que essa carruagem se aproximava: era o príncipe daquele país, que vinha com sua comitiva. O coração do mendigo bateu forte, iria ganhar uma poderosa ajuda. Colocou-se à margem do caminho, estendeu sua mão aberta e pediu:
- Dá-me um auxílio, por misericórdia!
O príncipe parou a carruagem e, por sua vez, disse ao mendigo:
- Eu é que lhe peço um pedaço de pão!
E o mendigo, sem entender nada do que estava acontecendo, enfiou a mão na sacola, quebrou um pedacinho daquele pão velho e o deu ao príncipe.
A carruagem desapareceu e o mendigo continuou lentamente, chateado e sentindo uma grande decepção. Ao chegar em casa, porém teve uma surpresa agradável: encontrou na sacola um pedacinho de ouro, precisamente do tamanho do pedaço de pão que havia dado ao príncipe...
Esta lenda nos mostra que muitas vezes temos esse comportamento: de alguém que precisa muito, mas com um coração egoísta, sempre buscando quem possa nos oferecer mais. E, ao sermos solicitados, ficamos confusos! Não estamos acostumados a dar, só pedir! Pára não pegar mal, quebramos um pedacinho do pão que temos. Poderíamos dar mais, mas não o fazemos.
E quando descobrimos a retribuição do príncipe, nos arrependemos e desejamos ter dado um pedaço maior do pão, apenas para ganharmos mais. Somos gananciosos!
Lembremos do nosso dízimo! / Qual é o tamanho da “pedrinha” que estamos dando a Deus? / “Quem semeia largamente, largamente colherá”, nos lembra São Paulo.
O Dízimo não é esmola. Dízimo é a porção que o cristão consciente entrega à comunidade cristã a que pertence, como um ato de fé e obediência a Deus, reconhecendo-o como Senhor e Criador de todas as coisas.Deus aceita o dízimo que oferecemos e transforma numa dádiva incomparável, de valor infinito.