domingo, 31 de agosto de 2008

As Sete Chaves


Vamos refletir sobre as sete chaves.
Primeira: O dízimo não é dinheiro. Será nossa primeira chave para se entender essa maravilhosa experiência de Deus. Certamente é o que fica de mais intrigante entre nós.
Segunda: Conscientização. Nada poderá prosperar sem essa possibilidade de conscientização da comunidade. Em se tratando de pastoral, fica cada vez mais evidente. Não nascemos sabendo como fazer o dízimo acontecer na comunidade.
Terceira: Leitura, estudo e formação. Sem esses passos, não poderemos dar outros mais decisivos. Na maioria das vezes, encontramos agentes de pastoral desatualizados e mal informados sobre o dízimo.
Quarta: Objetivo e aplicação do dízimo. Falam-se tantas coisas e sugerem-se tantas razões sobre onde aplicar o dinheiro do dízimo que acabamos nos abstendo do que é mais importante. O dízimo é da comunidade. É um contínuo dar e receber!
Quinta: Visita e atenção aos dizimistas. Esse é o lado mais cruel e trabalhoso do dízimo. Muitas vezes, queremos um dízimo fácil e sem trabalho. Com isso, o dízimo acaba não acontecendo.
Sexta: transparência administrativa. Esse é o grande reclamo da maioria das pessoas de onde tenho visitado.
Sétima: Experiência de Deus. Certamente é a base de toda a compreensão do dízimo.

Enfim, uma história.
"Um padeiro queria conhecer o mestre, e este foi à padaria, disfarçado de mendigo. Ali, pegou um pão e começou a comer. O padeiro espancou-o e atirou-o na rua.
'Malvado', disse o discípulo. Não vê que expulsou o mestre que queria conhecer? Arrependido, o padeiro foi até a rua. O que posso fazer para que me perdoe, mestre, implorou. Convide-nos para um banquete amanhã, foi a resposta.
No dia seguinte, mestre e discípulo foram à casa do padeiro e encontraram um farto banquete. No meio da comida, o discípulo perguntou: Mestre, como posso distinguir o homem bom do mau?
Basta olhar este padeiro, respondeu o mestre. É capaz de gastar dez moedas de ouro num banquete porque sou célebre, mas é incapaz de dar um pão para alimentar um mendigo com fome." (In: Folha de S. Paulo, 16.03.99, caderno 5.4)

O dízimo é um pouco disso. A gente aprende fazendo a experiência. É como uma árvore frondosa que não dá frutos nos primeiros anos. Na maioria das vezes, levam-se anos. A imediatez atrapalha a caminhada. A experiência do dízimo é aparentemente fácil, mas cheia de reveses, encontros e desencontros. Na maioria das vezes, é sempre uma questão de começar e confiar na Palavra que não falha e é sempre verdadeira.
Pe. Jerônimo Gasques